sábado, 29 de maio de 2010

Com base...


"Choro lágrimas de rir e quando choro pra valer não derramo uma lágrima"
Mentira! Quando choro pra valer derramo até minha alma quando as lágrimas já faltam. Se você me vê, engulo o choro. Disfarço. Desfaço dessa postura frágil que agora me toma. Não é por nada além de querer ser forte. Além de precisar ser. E sou. Mas, não resisto se diante de tudo você me estende os braços - me entrego - me oferecendo sossego. Preciso. Precisei. Hoje? Não mais.
"Amo mais do que posso e, por medo, sempre menos do que sou capaz"
Sou resistente a tudo que possa vir a me ferir. Quando me machuco levo cicatrizes, por muito tempo, feita de lembranças boas porque as ruins eu simplesmente apago. Esqueço das mágoas, das lágrimas, das dores. E tudo passa ser culpa minha. Exclusivamente. Se chegou aonde paramos foi por minha intensa vontade, pelo que abdiquei, pelas perguntas e questionamentos que deixei de fazer. Não pelo amor que sentia, mas pela vontade de que desse certo. Tudo mentira. Eu não fiz tudo sozinha. Os ganhos nunca foram no individual. Assim como as perdas. As cicatrizes ficam, e ficarão. Preciso sim, ignorá-las.
"Quando me entrego, me atiro e quando recuo não volto mais"
Faço tudo que posso, mas nem sempre tudo que posso é o bastante. Então é hora de deixar. E é hora de partir. Mesmo que as cicatrizes por vezes doam, eu parto. Eu perco a chaves. Esqueço caminhos, nomes e números. Para ter a certeza que nada me levará a destinos que eu decidi apagar. Pra mim não vale olhar mais pra realidades infundadas. Sonhos intocáveis que por tempos foram minhas únicas realidades. Não vale reviver minha fraqueza. A derrota da razão. Fui infiel a essa que sempre me conduziu. Eu falhei e foi pra valer.

sábado, 8 de maio de 2010

Respostas!

Você ainda é a minha pessoa favorita, mesmo que não queria, sempre será.
Sempre que me lembrar de você, e eu me lembro a todo o momento, vou sentir saudades e mais. O tempo pode passar quanto for. Amenizar a dor. O que você deixou não vai apagado como pegada na areia. O que investiu não foi em vão. Tem uma morada em mim. É a verdade, acredite. E muito mais do que alguém pra quem eu corria você foi meu porto. Você é. Para todos os momentos. Todos os dias, assídua à espera impaciente do alguém que reuni todos os significados. Mesmo quando sua presença era ausente. Perdi-me sim, na insegurança do seu silêncio. Meu pilar, agora não mais me acolhia. E tudo que eu precisei foi dormir com você. Preciso.

E todas justificativas que tem listado nesse pedaço de papel; absorvi. A seco engoli. São plausíveis, confesso. Decidi fazer o mesmo. Listar. Listei. E o que mais significativo é que sinto. Sinto o mesmo sentimento puro que sempre senti. Ele é real, palpável, sólido. E é o que eu quis, pra toda vida. Eu quero.

Mentor, você me ensinou a não me contentar com menos do que eu merecia. Você me ensinou a ir a trás da felicidade pretendida. Não sofrer. Ser amada. E depois tirou tudo de mim. Não pude esperar. Você criou um monstro. E sempre vou olhar pra trás. Idealizar tudo.

terça-feira, 4 de maio de 2010

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Em pratos limpos

“Palavras”, nunca fostes um dom que eu me atribuísse, sempre tão rígida, algoz, impetuosa. Nossa tímida relação é relativamente recente. Minha válvula, minha confidente secreta, meu porto seguro na intempérie que é meu íntimo e é muito mais que isso, é responsável pela minha estabilidade inconstante nessa nossa instabilidade constate. Não respeitei suas virtudes, não achei necessário, não por simples capricho e sim por ignorância, por desconhecer boa parte delas. Você vem sendo paciente quando se trata de mim, atenciosa mesmo com meus erros grosseiros. O que eu sinto, e agora posso verbalizar: nossa relação não está fadada a dar fruto nem nunca esteve. Contrário ao meu desejo e ao que ainda acredito. As coisas boas que trás pra mim são inúmeras, incontáveis.
É com você que me revelo. Está aqui de braços abertos para exteriorizar minha indignação. Faz-me enfrentar meus medos, faz-me forte quando não estou, faz de mim quem realmente sou. Mostra a que vim. É assim, ligação única, paixão arrebatadora regada de fortes sensações e sentimentos, tudo sempre explosivo, extremos, mesmo quando tudo está aparentemente calmo.
Ensinou-me, “por que não?”, expressar o que sinto, tirou o melhor que poderia de mim. Caramba !! Você tirou mesmo, quando deixou claro que ser sincera comigo mesma era o segredo de quase tudo como: ser feliz, segura, determinada, amada, plena. Eu aceito esse compromisso, só não posso promete segui-lo sempre. Sinceridade por vezes é dolorosa, mesmo que seja um tipo de auto-sinceridade. Vou continuar fugindo de muitos problemas, ignorando-os, tentar abafar o que sinto, porque por vezes não é heróico ou nobre. Não posso vencer todas as batalhas, mas continuo tentando. Quando é assim venho até aqui e deslizo dedos sobre o teclado, construindo tecla por tecla um pedacinho perdedor de mim em uma tela vazia. Sem normas, regras ou pontuações. Ele vai surgindo, vezes sombrio, vezes alegre, vezes triste, vezes eu. E surge. Escrevendo saudades quando a intenção é ausente.
Sei o que fez e faz por mim. Não sei se fiz algo pra retribui a altura. O que sinto?
– sinto que não fiz nada.
Não me encaixo na sua forma culta, não sobressaio aos seus altos padrões: escritores, pensadores, filósofos. Aqui só sou eu, e pra ser sincera, até comigo mesma, não posso ser mais que isso. Ainda digo: “essa nossa relação tem os dias contados, não por falta de querer, nos falta o poder”.

Bem? Não, só indo...