sábado, 17 de abril de 2010

Eu's

Sou eu quem decide nascer e enfrentar de peito aberto tudo que está por vir
Sou eu quem toma coragem para dar os primeiros passos, sozinha, em direção ao sofá
Sou eu que escolho a palavra que mais me agrada para reproduzir e matar meus pais de orgulho
Sou eu quem enfrenta o primeiro dia de aula cercada de estranhos e sou eu que decido de nesse dia eu choro ou sorrio.

Eu não tenho mais medo de ser eu.
Eu não tenho mais dúvidas de quem sou, pra onde vou e como chego lá, eu estou indo.

Sou eu quem passa por mudanças assustadoras, sou eu que as encaro, sou eu que as escolhos.
Sou eu que agarro as oportunidades ou não.
Sou eu quem enfrenta as conseqüências. Eu sou dona das minhas vontades, do meu destino, dos meus caminhos. E você, acha que eu tenho medo?

Eu não tenho mais medo de ser eu
Eu não tenho mais dúvidas de quem sou, pra onde vou e como chego lá, eu estou indo.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

S A U D A D E

Saudade que não respeita tempo limite ou humor
Que prende nossos corpos e liberta os pensamentos
Essa mesma, saudade que dói. Que traz lembrança
Que faz sorrir boba, sozinha em público, em momentos nada convenientes
E chora...
Com olhar, com ações, sozinha em seu particular
Só saudades, amor.
‘Só’ que realmente nunca estará só.
Não pra ficar d’bem ou d’mal.
‘Só’ pra dizer, saudades de você.












Keyboard que NADA !

Do deslizar dos dedos ao longo, envolvo em minha mão como se em uma abraço quente e gentil. Ele percorre a superfície em branco, deixando rastros, ele sabe antes mesmo de mim o que dizer. E eu uma mera e simplória ajudante, observo aquele que poderia ser um diamante, único e valioso sujeito a não mais que umas dezenas e centavos. Porém com papel sublima desenha e se curva a sinuosidade das letras posteriormente palavras e até sentenças completas. E daqui, com minha visão quase plana e periférica, observo as peripécias que ele faz e me deleito diante das histórias cheias de detalhes. Detalhes esses que eu mesma desconhecia.

sábado, 10 de abril de 2010

Bem Amada


De romances bem sucedidos já tirei todas as dicas
Das grandes telas dos cinemas e os das páginas amarelas de um livro qualquer.
Não pecarei.
O AMOR recíproco.
Já o tenho, guardado no peito, na garganta seca, no friozinho da barriga.
Ele é tudo que deve ser, forte, caloroso, esperançoso e intenso.
Me encoraja;
Me envaidece;
Me ilumina.
O cenário.
Aquele o qual nos permita sussurrar baixinho ao pé do ouvido, Aconchegar-se num abraço caloroso, sem ser alvo de olhares curiosos.
A trilha sonora.
As mais variadas. De melodias doces e tranquilas as agitadas e ácidas.
Divida, compartilhada, entrega á ou por nós. Onde pequenos trechos descrevam muito de nós. Que nos faça lembrar e relembrar acontecimentos, sensações, toques, explosões.
Ações e reações.
O olhar despretensioso de quem sente muito e pouco diz; de desejo, que o consome e despi; de anseio, por tudo que esperou está materializado em formas tocáveis; de deslumbramento, por uma certeza que os saber que os tempos de agora em diante serão únicos e memoráveis.
O beijo, que dispensa comentários ou descrições, um misto de tudo que o antecede e uma amostra do que virá.

Do que deixo pra trás



Seu cansaço já não parece mais só físico. Você vira pro lado, solta aquele som engraçado de quem já está fatigado. Você dorme sem culpa. Sinto-me só, não mais só na cama, no quarto; Sinto-me só no que sinto, no que outrora dividimos, éramos dois. A aquela culpa que eu achava a você pertencer, já não é mais razão ser e eu me culpo, me questiono, por horas deitada olhando o que por tempos eu ignorei o teto, com olhos queimando por lágrimas não derramadas. Eu me seguro pra não te acordar com soluços estridentes; agora despercebidos, engolidos a seco. Encolho-me a posição fetal tão segura e acolhedora, a necessitada de me sentir assim é tanta que abraço as próprias pernas, anseio por cuidados por seus abraços, os quais já não tenho. Eu me levanto silenciosamente, não só velando seu sono como seus sonhos. Não me dou o direito de tirá-los de ti, mesmo que tenha tirado os meus. Caminho com rumo certo, a porta é meu destino. Te deixo lá, com quarto, com a cama que já não sinto ser serem meus. Olho pra trás pela ultima vez como quem se despede e lamento a falta de um adeus. Seu cansaço já toma conta de mim. E é assim me canso de me culpas, de procurar saídas, de me sentir sozinha, da cama vazia, do silencio, das perguntas não respondidas, das noites não dormidas, da sua pseudo-companhia.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Há e sempre haverá

Há necessidade de fazer e a incapacidade de fazê-lo.
Há essência em tons claros de paciência ínfima.
Há vontade de ser dona, rainha o medo de falhar.
Há fraqueza de cair de amor e força de matá-lo.
Há coragem de me jogar e a loucura pra ter tal idéia.
Tudo em constante mudança, se refazendo se destruindo, reformando... adaptando.

Há em mim mais do que posso descrever e o que descrevo me parece alheio.

Sempre haverá. Resistirá garra: as influencias e as mudanças. E perdurará por tempos as fio nas lembranças de quem superficialmente conheceu e abstratamente nas linhas que desenrolei . As desventuras, as "bem-venturas", a mim mesma.
Desistir não é uma opção. Não uma que eu escolheria.

Pensando em você que pensa em mim

Ouço é você, que sempre se perde nos labirintos do próprio pensamento...
E mergulha sem hesitar no mar de dúvidas, sem ao menos saber nadar, e ignora a revolta que te jogam de um lado pro outro...

Chato é você, que passa dias se tornando mais presente com sua ausência...
E quando volta, mascara a saudades com uma fria indiferença, pré anunciado com um sinal sonoro e um sorriso de descaso que eu odeio...

Infantil é você, que brinca de verdade e conseqüência e leva tudo ao extremo...
E se agarra com devoção a castelos de areia e ignora a força e obstinação das ressacas...

Quanto mais te observo mais me vejo refletida em você, e fico pensando: “como posso ser assim?” e cheguei a uma conclusão, sou uma péssima metade desse par...
Está com você me faz querer ser melhor...

E mesmo que a gramática insista em querer coloca suas imposições, continuarei compactuando com minha insensatez...
E persistindo em vírgulas e reticências... Assim podemos continuar a escrever uma história,
Quer uma vírgula de presente?